Desafios do Open Insurance para Seguradoras: os pilares e como lidar com a nova regulamentação

Editorial
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April 1, 2022
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O que é Open Insurance?

A sua definição de Open Insurance (OPIN) pode ser lida como um conjunto de regras e ações pensadas para dar maior abertura ao mercado de seguros. Se na teoria já parece bom, na prática fica ainda melhor. A regulamentação do OPIN trata de promover segurança de dados, variedade de ofertas e, acima de tudo, inovação.

Tudo isso significa maior transparência e inclusão financeira dentro desse mercado, uma vez que os produtos se tornam mais flexíveis e customizados para a situação de cada cliente. Assim, também proporcionará maior concorrência entre as seguradoras e um mercado de seguros mais aquecido.

Por exemplo, o consumidor, sendo o dono das suas informações, ao buscar a contratação de um seguro, irá decidir se os dados que estão em uma empresa X poderá ser compartilhado e usado por uma empresa Y, a fim de receber uma melhor proposta de acordo com a sua necessidade.

Além desses pontos, o Open Insurance já deve estar ligado ao Sistema Financeiro Nacional (SFN), assim como o Open Banking, fazendo parte do ecossistema do Open Finance, que busca integrar diversos setores, com o objetivo de proporcionar diversas soluções para o mercado.

Dessa forma, para que todas as etapas sejam feitas com segurança e pensando na melhor experiência do usuário, o uso de APIs em seguradoras são fundamentais para as estratégias do Open Insurance, pois garantem uma padronização aberta durante todo e qualquer processo.

Como e quais são as fases de implementação?

(As datas estão de acordo com informações disponíveis até a publicação deste material, podendo ser alteradas pelos órgãos reguladores)

Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regula o mercado de Seguros no Brasil, esse processo está programado para acontecer em 3 fases, já com o início em 2021, e o fim previsto para metade de 2022. Entenda cada uma delas abaixo.


Fase 1

O primeiro ato desta proposta deverá acontecer no dia 15 de dezembro de 2021. Nesse momento, as grandes empresas de seguro passam a abrir seus dados gerais relacionados aos seus produtos, como: preços, tipos de ofertas e condições de negociação. Vale ressaltar que nesta etapa ainda não serão compartilhadas as informações dos clientes.

A partir desta fase, o uso de APIs são necessários para ligar as interfaces de diferentes sistemas das sociedades participantes, além de se comunicar diretamente com a Susep, enviando métricas e performance relacionados a canais de atendimento, produtos e serviços.

Fase 2

A segunda etapa está programada para 31 de maio de 2022 e envolve o intercâmbio de informações dos usuários pelas companhias de seguros. Em outras palavras, com a permissão do cliente, a seguradora X pode solicitar informações à seguradora Y para criar uma oferta de produto mais atrativa.

Fase 3

Na fase final, prevista para a partir do dia 31 de julho de 2022, as empresas participantes poderão iniciar o contato com seus clientes, oferecendo produtos e serviços com foco na melhoria da experiência de seus consumidores com a instituição.

Garantir um mercado mais democrático e empático com os consumidores é um dos pilares do Open Insurance. Por isso, com toda a integração proposta pelo Open Finance, trazer mais soluções para pessoas de diversas situações faz parte de um futuro mais inclusivo e aberto, além de impulsionar o desenvolvimento econômico e integrado do mercado de seguros.



APIs na regulamentação de Open Insurance

Como órgão regulador da inovação no Brasil, a Susep estabelece quais são as APIs que integram o Open Insurance:

  • APIs para produtos e serviços: dá o acesso aos dados abertos que estão relacionados a produtos e serviços oferecidos pelas empresas.
  • APIs para canais de serviço: dá o acesso a dados abertos relacionados aos canais de atendimento ao público, como APIs de redes sociais, chats, e-mail etc.
  • APIs para status do ambiente: dá o acesso a dados sobre a disponibilidade atual das implementações das APIs. Também deve dar acesso a dados sobre indisponibilidades programadas.

Todas as APIs devem seguir os princípios de oferecer uma boa experiência para os usuários , serem consumidas em diferentes linguagens e plataformas, oferecer segurançae entre outros, pois inúmeros desenvolvedores terão acesso a essas aplicações e também precisarão seguir os padrões.

Todos os requisitos, definições e recomendações podem ser consultadas no Manual de APIs do Open Insurance, disponibilizado pela Susep.

A importância do gerenciamento de APIs

Todo esse cenário nos leva a outro ponto importantíssimo do Open Insurance: o gerenciamento das APIs.

Se todas essas APIs estão disponíveis em um ambiente para toda e qualquer empresa/desenvolvedor participante do Open Insurance acessar, logo elas precisam seguir um padrão para facilitar ao máximo todo o processo.

O manual da Susep indica os requisitos mínimos de requisição de tráfego, desempenho (tempo de resposta) e disponibilidade por tempo que as APIs abertas devem suportar. Logo, as empresas deverão gerenciar todo esse volume de dados, como monitorar e analisar o comportamento de cada aplicação.

O gerenciamento de APIs, além de assegurar a conformidade com as normas da Susep e políticas internas de cada empresa, também possibilita centralizar todo o controle das suas estratégias baseadas em APIs: desde as métricas de uso até o fluxo de trabalho dos desenvolvedores terceiros.  

Uma solução que certamente ajudará as seguradoras, insurtechs e demais empresas do setor na adequação e adaptação ao Open Insurance são as plataformas de gerenciamento de APIs, que já fazem o serviço de unificar todas essas informações em um único lugar.

A API Platform da Sensedia, por exemplo, conta com um portal no qual os desenvolvedores têm fácil acesso às APIs publicadas, recursos que habilitam a comunicação com comunidades de devs e ecossistemas de inovação, além de muitos outros add-ons.

Modernização de legados para Open Insurance

No Open Insurance, as seguradoras têm duas opções: cumprir com as regras da regulamentação ou explorar ao máximo as oportunidades geradas. Para isso, é importante ter em mente a modernização de sistemas legados, que muitas vezes são o gargalo das operações.

Pensando nisso, existem alguns caminhos que podem ser explorados e que permitirão às seguradoras alcançarem a resiliência e escalabilidade necessárias quando falamos de operações mais ágeis, econômicas e eficientes.  


Quebrando monolitos com Microsserviços

A principal desvantagem dos aplicações monolíticas é a incapacidade de evoluir rapidamente de acordo com as necessidades do negócio. Quando uma mudança é necessária, ela requer uma única implantação coordenada, que não pode tirar proveito da flexibilidade da nuvem. Ao quebrar um monolito, cada microsserviço se torna um componente implantável independente, que pode ser dimensionado para atender a necessidades específicas e atualizado sem interromper todo o sistema.

Isso traz flexibilidade para linguagens de programação e oferece suporte a tecnologias subjacentes. Em contraste, ele também pode criar desafios na comunicação entre microsserviços, pois eles podem não estar necessariamente na mesma rede e não é raro subestimarem os problemas complexos que podem ocorrer nesse cenário.

Reescrever um aplicativo monolítico com microsserviços oferece desempenho e ganhos econômicos. Além de permitir que o usuário migre sua operação para a nuvem, modernize seus aplicativos e desenvolva maior agilidade.

Ao considerar esta nova abordagem:

  • Não dispense um monolito, mas não acrescente mais nada a ele;
  • comece com os serviços menos dependentes ou mais dissociados;
  • tenha um roteiro claro, afinal, reescrever um monolito não é uma tarefa fácil.


APIs: o formato de comunicação padrão

As APIs, embora não sejam um conceito novo, representam uma revolução na construção de aplicativos modernos e escaláveis. Neste novo mundo conectado, a integração dos sistemas de negócios é fundamental. As APIs simplificam a integração, garantindo a exposição dos serviços e facilitando seu consumo por aplicativos de terceiros.

Uma das principais vantagens das APIs é que elas padronizam as comunicações. Embora seja importante compartilhar serviços, é mais importante se concentrar em como eles são compartilhados. Os desenvolvedores que encontrarem interfaces hostis ou processos de acoplamento difíceis terão que superar as barreiras de conexão.

As APIs oferecem uma interface que permite fácil integração, tornando os ciclos de desenvolvimento mais curtos. Isso é crucial se considerarmos a velocidade de entrega de valor para clientes ou parceiros, estejam eles consumindo recursos para desenvolver um aplicativo ou se conectando a um ecossistema de negócios.

APIs também têm benefícios adicionais de segurança. Elas gerenciam e protegem dados, controle de acesso, questões de autorização e autenticação - dando tranquilidade aos reguladores, à empresa e aos seus clientes. Isso eleva as APIs de um elemento central de tecnologia a uma ferramenta estratégica de negócios.

Além das integrações entre sistemas, as APIs podem:

  • Distribuir dados/serviços através de novos canais, de diferentes interfaces e dispositivos (IoT) ou oferecer uma experiência omnichannel aos usuários;
  • Compor dados/serviços sobre novos produtos, ampliar ofertas existentes ou comercializar APIs com diferentes formas de monetização, e reduzir time-to-market;
  • Desenvolver uma nova arquitetura de TI e aplicações em malha, baseada em eventos e microsserviços, para alcançar maior agilidade e escalabilidade, reutilização, desacoplamento, pequenas implantações, flexibilidade e capacidade de resposta;
  • Explorar novos modelos de negócios combinando recursos e estratégias, tais como o Platforming (que explicaremos mais abaixo);
  • Consumir novas tecnologias como serviços (IA, por exemplo);
  • Construir as bases para o Open Insurance, para permitir que desenvolvedores de terceiros construam suas próprias aplicações e serviços a partir de APIs abertas;
  • Criar iniciativas de inovação aberta, como hackathons e projetos de cocriação com parceiros ou startups.


Eventos quando o assíncrono é melhor

O Event-Driven Architecture (EDA), se aproveita de determinadas ações (eventos) para acionar comunicações assíncronas.

Mas, o que seriam esses eventos? Eles são ações específicas que impactam um negócio, por exemplo, quando um cliente faz uma compra online. Aqui, esta ação é imediatamente detectada e respondida automaticamente, sem a necessidade de validação por meio de um ciclo de request-/response, aliviando a pressão sobre os recursos do computador.

Ao considerar eventos e comunicações assíncronas, o foco principal deve ser como o EDA responde instantaneamente à atividade do cliente. Ao ser capaz de reagir rapidamente a eventos específicos dentro da jornada do cliente e desencadear uma ação, em tempo real, as empresas estão mais bem equipadas para atender às necessidades dos usuários.

Isso é particularmente importante no setor de pagamento e varejo, onde as decisões tomadas em frações de segundo podem mudar totalmente a jornada dos clientes. E embora a percepção possa ser de que outras tecnologias podem fornecer esse serviço, nenhuma pode gerenciar e agilizar o processo de comunicação da mesma forma.

O número de sistemas que desejam capturar informações do cliente (bancos, adquirentes, mercados, ERP etc.) cria camadas adicionais de complexidade. No entanto, as Notificações de Eventos usam uma única ferramenta para capturar atividades, como uma compra, e notificam apenas os sistemas interessados ​​nesta transação, disparando um GET para os destinatários relevantes.

Uma vez que um EDA está em vigor, os sistemas de negócios podem identificar ações específicas do usuário e direcionar os clientes adequadamente, seja uma confirmação de compra rápida ou oferecendo produtos e promoções diretamente relacionadas a um evento. A resposta do negócio não só será mais precisa e oferecerá uma experiência melhor, como também garantirá menos dependência da atividade de remarketing, que pode ser cara e invasiva para os clientes.

O EDA vai além de tirar proveito da atividade do cliente em tempo real, como o monitoramento de eventos e gatilhos instantâneos oferecem excelentes oportunidades de escalabilidade e ganhos reais de negócios.

Os benefícios do Open Insurance

Quando pensamos em evolução tecnológica, associamos a ligações inteligentes em variadas esferas da sociedade. Dentro do Open Insurance não será diferente. A experiência digital estará em constante evolução em todas as camadas do mercado de seguros.

Os benefícios do Open Insurance para empresas

Com o uso das arquiteturas de APIs, “Application Programming Interface” (em português, “Interface de Programação de Aplicativos”), insurtechs e corporações de seguros consolidadas, através do compartilhamento das suas informações, terão a possibilidade de compartilhar os dados, por exemplo, por meio de um único aplicativo.

Dessa forma, o acesso às informações será facilitado, pois haverá padronização nos processos e fluidez para a aquisição de informações e criação de ofertas dos produtos. Além, é claro, de mais facilidade de uso para os consumidores.

A adoção de uma arquitetura aberta também está associada a grandes avanços nos padrões de tecnologia e de segurança adotados pelas seguradoras, proporcionando um grande avanço no nível de maturidade da arquitetura de TI, e de integração dos canais como um todo.

A possibilidade de integração com o Open Banking, também pode gerar diversas oportunidades de avanço nos produtos e serviços oferecidos, com maior possibilidade de monetização.

E um dos pontos chave é que as seguradoras que fornecerem uma experiência omnicanal mais madura, em compliance com o Open Insurance, terão também a preferência dos usuários , desta forma sendo de grande importância a adoção de uma estratégia de integração sólida.


Os benefícios do Open Insurance para os usuários

Não será mais necessário consultar diversas plataformas para escolher a melhor oferta, ela estará concentrada em um único lugar. Só que o trabalho das APIs não param por aí. Elas proporcionam experiências digitais mais completas, uma vez que possibilitam conectividade aos mais novos dispositivos inteligentes do mercado, integrando a plataforma da seguradora ao seu carro e sua casa, por exemplo.

Agora, para deixar mais claro, vamos pensar em uma situação dentro do cenário pré-Open Insurance:

Ao adquirir um veículo novo, muitas vezes era necessário que o consultor de seguros inserisse os dados do comprador de forma manual no sistema. E, somente após o processamento dessas informações é que o consumidor teria acesso ao contrato, carteirinha e os documentos da apólice. Nesse formato, devido à demora do processo, a chance de sair da concessionária sem estar protegido era maior.

A promessa de benefício do Open Insurance, além de dar mais amplitude para a elaboração de ofertas e agilidade aos processos, é proporcionar maior acessibilidade ao mercado de seguros, fazendo dele um segmento mais democrático, seguro e tecnológico.

Agora, pensando em tecnologias como a IoT, “Internet of Things"(em português, “Internet das coisas”), a experiência digital passará a um nível muito mais elevado, pois a integração de plataformas e usuários pode levar a ações, por exemplo, por voz. Acionar seu seguro residencial através de um comando para a Alexa, já poderá ser uma realidade acessível nesse contexto.

Agora, tecnologias como a Internet das coisas levam a experiência digital a um nível totalmente novo, já que plataformas integradoras e usuários podem levar a outras opções, tais como ações ativadas por voz. Ativar seu seguro residencial através de um comando de voz para a Alexa, por exemplo, é agora uma realidade acessível neste contexto.

Além de ampliar a gama de ofertas e acelerar os processos, a Open Insurance pode tornar o mercado de seguros mais acessível e, em última instância, mais democrático, seguro e tecnológico.


Estratégias de Plataforma para Insurtechs e Seguradoras

Muitos grandes impulsionadores de tecnologia, como as APIs, IoT, Cloud, AI e Blockchain, têm convergido e aberto oportunidades para empresas de seguro que têm experiência tecnológica e modelos de negócios inovadores, como o Platforming, que amplia a gama de ofertas e também aumenta as expectativas dos clientes.

A assimilação destas tecnologias oferece inúmeras possibilidades de melhoria, como no caso das ferramentas de IA e Analytics, que permitem a análise de grandes volumes de dados em tempo real, fazendo avaliações a partir de comportamentos e desencadeando ações pró-ativas.

Outro exemplo é o uso de IA de bots para interfaces de conversação com os clientes e RPA para atividades rotineiras. Assim, pode-se automatizar a maioria das tarefas manuais repetitivas, aumentando a eficiência, reduzindo a chance de erros e fraudes, proporcionando mais agilidade e melhor experiência para o cliente.

A combinação de IA e Internet das coisas (IoT) permite que dispositivos (sensores, atuadores, wearables ...) e drones sejam monitorados e ativados remotamente, obtendo uma avaliação de risco mais precisa e realizando ações preventivas, além de oferecer produtos/serviços personalizados em tempo real.

Por sua vez, a Blockchain permite transações seguras e rastreáveis de forma descentralizada e direta. Estas tecnologias podem ser integradas através de APIs e impulsionam diferentes tipos de serviços como seguro P2P, microsseguro, seguro em tempo real, seguro de economia compartilhada, seguro baseado no uso (UBI), pay-as-you-drive, etc.

Estas transformações levam as seguradoras a buscar novas estratégias para desenvolver capacidades tecnológicas, acessar novos canais e expandir ofertas, tais como o platforming, no qual se promove o intercâmbio, combinação ou criação de serviços entre parceiros comerciais, de modo que os participantes do ecossistema possam capturar valor.

Para serem operacionais, estas estratégias requerem um ambiente de TI eficiente e responsivo, que permita integrações ágeis e seguras através de APIs, conectando sistemas legados, bancos de dados, dispositivos, aplicações, serviços em nuvem e parceiros.


Posicionamento como plataforma: importância e oportunidades

Com o Open Insurance, a competição agora não se limita apenas entre empresas, com apenas seus próprios produtos e ativos. Ela expande entre ecossistemas, com parceiros que são capazes de combinar serviços, orquestrar recursos e executar ações coordenadas (Plataformas) - e neste modelo, a integração de sistemas através de APIs torna-se crítica.

Através de uma estratégia de plataforma, é possível:

  • Conseguir novos canais de venda;
  • Proporcionar interações com novos clientes;
  • Expandir as capacidades dos produtos e serviços existentes;
  • Expandir as capacidades dos produtos e serviços existentes;
  • Faça um uso mais eficaz dos dados aplicando modelos de monetização;

O Platforming implica 3 mudanças centrais no foco das estratégias:

  • De recursos próprios a recursos de orquestração;
  • Da otimização interna à interação externa;
  • Do valor do cliente ao valor do ecossistema como um todo.

Para o Gartner, as estratégias de plataforma podem consistir em 4 tipos (não exclusivas) e com diferentes graus de abertura (com APIs fechadas, restritas ou abertas):

  • Plataformas de Colaboração - permitem uma operação integrada e colaborativa com parceiros do ecossistema de novas maneiras.
  • As plataformas de orquestração permitem a orquestração de recursos e processos compartilhados entre os parceiros do ecossistema.
  • Plataformas de correspondência - facilitar a reunião de reclamantes e licitantes.
  • Plataformas de criação - permitem aos parceiros construir seus próprios aplicativos, produtos/serviços, capacidades e modelos de negócios em cima da plataforma.

Algumas iniciativas de plataformas em seguradoras e insurtechs

Munich Re - A plataforma APIs (Digital Partners) permite que seus parceiros trabalhem em tempo integral com seus clientes, selecionando os serviços que eles desejam da Munich Re.

AXA - Através de seu APIS, ela oferece seguro em tempo real para parceiros de forma integrada com a agenda de seus clientes e seus canais digitais (websites, aplicativos, etc.).

Lemonade - Suas APIs públicas permitem que empresas de vários setores (imobiliário, financeiro, concessionárias de automóveis, etc.) ofereçam seguros de maneira simples, em seus sites na Internet.

Instanda - Plataforma de auto-atendimento para criação e distribuição de seguros nos canais online (diretamente ou em portais de corretagem)

Kasko - Fornece uma plataforma de seguro de ponta a ponta para permitir às seguradoras criar, lançar, executar e otimizar produtos digitais.

PolicyGenius - Mercado Independente para Produtos de Seguros.

Qover - Permite que seus parceiros vendam seguros para marcas selecionadas através de APIs abertas.

Trov - Através de sua plataforma, ela integra sua operação com seguradoras de acordo com a região geográfica, para oferecer cobertura para itens protegidos em seu aplicativo.

Slice - Plataforma que se conecta com parceiros para oferecer o seguro on-demand.

Entretanto, para apoiar uma estratégia de plataforma (seja construindo ou participando de um ecossistema), as seguradoras e insurtechs precisam procurar desenvolver um cenário de TI ágil e baseado em serviços que exponha APIs para integrar sistemas legados, novas tecnologias e parceiros de ecossistema.

A crescente complexidade da infraestrutura de TI e a importância das APIs exige que elas sejam gerenciadas por um API Management Platform, que fornece mecanismos modernos para governança, segurança, suporte ao projeto de API e engajamento dos desenvolvedores.

No Brasil, existem casos interessantes de estratégias de plataformas no setor financeiro, que foram desenvolvidas em conjunto com a API Platform e a consultoria Sensedia:

SulAmérica - uma plataforma de colaboração entre parceiros para expandir ofertas, estimular a inovação e melhorar a experiência do cliente.

Portocred - constrói um mercado de crédito, combinando licitantes e reclamantes e promovendo integrações com parceiros através de APIs.

Cielo LIO - plataforma de pagamento e gestão empresarial na qual os desenvolvedores parceiros podem criar suas próprias aplicações integradas na plataforma.

Tribanco - plataforma de colaboração com seus clientes e fintechs.

Para implementar estas estratégias de plataforma, seja construindo ou participando de um negócio baseado em plataforma, grandes seguradoras têm recursos favoráveis, tais como base de clientes, acesso a capital, marca, experiência em regulamentação. Entretanto, elas têm algumas dificuldades, tais como a complexidade de seus sistemas legados, ciclos de inovação mais longos, regulamentação mais rigorosa.

Por sua vez, as insurtechs têm um ciclo de inovação mais ágil, podem oferecer soluções diferenciadas e dominar tecnologias específicas. No entanto, eles sentem falta de uma ampla base de clientes, marcas fortes e confiáveis, acesso a economias de capital e de escala, bem como a experiência para lidar com regulamentações mais complexas.

Ao colaborar com várias seguradoras, elas podem ter uma série de capacidades e serviços para adicionar a suas ofertas, expandindo fluxos de receita, envolvendo clientes e agindo em ciclos de teste e aprendizado mais curtos. As seguradoras podem encontrar uma ampla base de clientes em colaboração com bancos, bem como o apoio de uma marca consolidada, acesso ao capital, apoio com regulamentos e economias de escala.

Parcerias Insurtech - A Marca Financeira

Esta colaboração entre seguradoras e seguradoras permite a entrega de um portfólio superior de serviços e canais para uma base de clientes consistente com o uso de dados e uma monetização mais eficaz, além de estimular a criação de novos produtos e modelos de negócios em um ambiente de inovação mais aberto.

Para alcançar esta colaboração eficaz, não basta apenas estabelecer uma estratégia comercial compartilhada, mas integrar processos e sistemas que proporcionam agilidade, segurança e escalabilidade - e a maneira apropriada de fazer isso é por meio de APIs.

Como a Sensedia pode ajudar?

A Sensedia é especialista em Integrações e Desenvolvimento Moderno, oferecendo soluções que permitem uma evolução arquitetural para ser mais ágil e escalável, reaproveitando sistemas legados e permitindo operações em nuvens. A solução é largamente utilizada por grandes empresas, e são as bases para estratégias digitais avançadas.  

Para o contexto do Open Insurance, a solução da Sensedia atenderá todos os requisitos da regulamentação, permitindo velocidade para as empresas em estar vigente com as novas regras, e rapidamente pode aproveitar dos benefícios desse novo modelo. Fazendo um paralelo com outros mercados, a Sensedia foi a única empresa no Brasil a oferecer uma solução 100% aderente à regulamentação de Open Banking, reforçando o expertise em APIs e estratégias digitais modernas.

Além da plataforma, a Sensedia também oferece todo o suporte necessário com equipes de Professional Services, que podem apoiar os projetos desde o dia zero. Esses times desenvolveram materiais que suportam toda a visão sobre Arquitetura Moderna, e servem de norteador para as empresas que buscam uma evolução em sua Arquitetura. Você pode acessar o Roadmap de Adoção de APIs e o Roadmap de Adoção de Microsserviços e ter uma real noção dos desafios para Arquiteturas Modernas.

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