Transformação Digital
14
min de leitura
5 de agosto de 2021

Casas inteligentes e os Seguros residenciais: o futuro com a conectividade

Willian Pereira
Analista de conteúdo e comunicação
Jornalista e criador de conteúdo para websites, blogs, mídias sociais e outros canais digitais.
Mais sobre o autor

O mercado de seguros está passando por uma transformação digital, da mesma forma que o setor financeiro, de saúde e muitos outros.

Mais que uma tendência, isso já é realidade. O mercado já possui as ferramentas e tecnologias para ampliar muito a sua capacidade de oferecer um seguro cada vez mais personalizado para seus clientes. Não é sobre reduzir o valor das apólices, mas sobre aproveitar muito mais as oportunidades.

Em geral, as seguradoras poderão oferecer um serviço muito melhor, se baseando em três grandes pilares:

  • Medição e controle;
  • Capacidade analítica e tomada de decisão;
  • Experiência do usuário. 

IoT: a conectividade é a chave para o futuro

Quando um carro sai de fábrica, ele já vem projetado para trazer diversos sensores no motor, rodas, volante, radiador e assim por diante. Cada componente tem uma série de sensores, que irão indicar para o sistema de controle do carro se ele está funcionando bem ou não.

Isso permitirá ao motorista saber se seu produto está funcionando de acordo com o prometido pela montadora, mas mais do que isso, irá garantir a plena segurança dos usuários e demais p pedestres.

No caso de uma casa, que leva muito mais tempo para ser construída, e ainda não costumam vir com praticamente nenhum tipo de sensor, como saber se você está suscetível a problemas nos alicerces, cupins, infiltrações ou até mesmo uma vizinhança perigosa?

A resposta para essas e outras perguntas está na Internet das Coisas (IoT).

Em resumo, a Internet das Coisas é a conexão de qualquer dispositivo à Internet. Sua televisão, seu carro, wearables (smartwatches) e até smartphones: todos fazem parte dessa grande rede, com mais componentes do que há seres humanos na Terra.

Com o barateamento dos dispositivos de prototipação de hardware e o crescimento das startups desta área, ter uma coleção de sensores em um dispositivo conectado não é mais tão caro nem tão futurista quanto pode parecer. Alguns exemplos mais populares são os assistentes Google Home e Alexa. Se você não tem, certamente conhece alguém que tenha um deles. Mas também poderíamos citar outros que logo farão parte da nossa rotina.

Dando um exemplo pragmático: o mercado de termostatos é bastante aquecido nos Estados Unidos, onde o frio é bastante severo em vários meses do ano. Neste contexto, surgiu a Nest, uma startup que vendia termostatos inteligentes, que poderiam se conectar à rede wi-fi da casa e serem configurados via aplicativo.

Tão bacana a ponto de chamar a atenção da Google. Isso foi, inclusive, muito questionado sobre o que o Google sabe sobre termostatos, ou por que iria entrar em um mercado de automação residencial.

Logo, os críticos perceberam que o Google não comprou a Nest por querer entrar no mercado de termostatos, mas sim porque eles são uma empresa de dados, e querem oferecer serviços úteis (e propagandas úteis) para os usuários de seus serviços.

Assim, quando um usuário não está navegando no seu Android, pesquisando no Chrome ou fazendo planilhas no Docs, deve estar na sua casa, relaxando. Em conjunto com um dispositivo como o Chromecast, acoplado à televisão, um termostato pode ajudar a entender boa parte da rotina dos usuários.

O crescimento do mercado de dispositivos inteligentes para residências mostram a tendência da coleta de dados sobre as residências. Além de dar poder aos residentes de entender o que se passa com a sua casa, da mesma forma que eu comentei com o carro.

O que isso tem a ver com as companhias de seguros?

É simples: cada casa é uma casa. Não faz sentido que eu, que moro em um apartamento em Campinas que nunca foi atingido por uma enchente, terremoto ou explosão, pague pelos mesmos serviços que uma mansão no centro de São Paulo, onde o índice de invasões domiciliares seja maior, por exemplo.

Você já sabe, o negócio de seguros envolve conhecer características que possam prevenir a ocorrência de sinistros. Se a chance de algo ruim acontecer é maior, a seguradora está se arriscando mais para fazer o seguro, então irá cobrar mais.

Informações demográficas, como o perfil social da vizinhança, taxas de criminalidade, efeitos climáticos, presença de parques, hospitais e escolas nas vizinhanças e até transmissão de doenças em certas regiões de uma cidade: são todos dados úteis para políticas públicas e, é claro, para seguradoras.

Isso também trará mais ferramentas para os vendedores de seguros e para planos personalizados às necessidades específicas de cada cliente. Nada de escolher o plano mais barato ou o mais simples (porque tem uns tão complicados!).

O Open Insurance como ferramenta facilitadora à seguradoras e consumidores

Além, é claro, do conceito Open, que eu não poderia deixar de citar aqui. Baseado em uma estratégia de inovação aberta, o Open Insurance promete ser um facilitador tanto às seguradoras quanto aos consumidores.

Imagine você, seguradora, poder compor múltiplos seguros e oferecer uma variedade maior aos seus consumidores sem necessariamente exercer aquele serviço. Além do mais, poder faturar mais em uma única apólice? Magnífico, né?

Vamos a um exemplo prático!

Digamos que a sua empresa de seguros residenciais conta com planos que cobrem apenas danos estruturais de um imóvel. No entanto, graças a integração com serviços de outros parceiros, você também pode oferecer cobertura de danos a eletrodomésticos e serviços de caráter emergencial (como chaveiro, encanador…) que são prestados por outras empresas, mas que você também fatura por isso.

Essa é a ideia do Open Insurance. Se a Internet das Coisas possibilita termos equipamentos cada vez mais inteligentes e conectados, é plenamente comum que queiramos assegurar a proteção de todos eles.

Para o consumidor, essa ideia também é excelente, afinal ele pode fechar vários planos por um único meio - e uma única apólice. Menos burocracia e mais agilidade na jornada de compra. Tudo fica simplificado.

Mais poder ao usuário (e à seguradora)

Ao longo do artigo, já dei vários exemplos de como os os segurados podem se beneficiar:

  • Mais controle sobre suas residências, aumentando a segurança;
  • Mais customização e variedade de planos de seguro vantajosos;
  • Mais ferramentas para contato com a seguradora e integração dos serviços oferecidos (omnichannel).

É claro, as seguradoras também ganham muito:

  • Corte de custos na obtenção de dados e controle deles;
  • Mais flexibilidade dos planos e do trabalho dos vendedores;
  • Capacidade de analisar mais dados (big data) e tomar melhores decisões com eles (business intelligence).

Essa é apenas uma pincelada no assunto.

Cheguei até o fim do artigo sem falar nada sobre APIs! Bom, é claro que elas estão envolvidas nisso tudo, permitindo as integrações entre softwares e hardwares. Mas nesse caso, o importante mesmo é a disrupção de um mercado, graças à tecnologia .

Saiba mais sobre o Open Insurance e como tirar o máximo de proveito deste novo conceito. Marcelo Meireles, nosso Gerente de Contas, fez um vídeo especial para falar sobre o assunto. Assista agora mesmo!


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