Entenda o que é o Drex, o Real Digital, e os seus impactos para o setor financeiro.

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Não é segredo que, em um cenário cada vez mais digital e conectado, o Banco Central tem desempenhado um papel fundamental na transformação do Sistema Financeiro Nacional. Por meio de iniciativas inovadoras, como o Pix e o Open Finance, a instituição vem mostrando seu compromisso em habilitar um sistema financeiro que seja cada vez mais eficiente, competitivo e inclusivo.

Em meio a tantas transformações, podemos observar um novo marco. Trata-se do desenvolvimento do Drex, também chamado de Real Digital, a moeda digital brasileira, o qual te ajudaremos a entender do que se trata neste artigo e a abordar quais serão os seus impactos e vantagens para o setor financeiro.

‍O que é o Real Digital?

O Drex é a primeira moeda digital oficial do país. A iniciativa do Banco Central é uma extensão do dinheiro físico e, através dela, será possível realizar transações exclusivamente no ambiente digital. No nome, o “D" representa o digital, “R” é para o real (R$), E alude ao termo “eletrônico” e o “X” é uma referência à ideia de conexão.

Num primeiro momento, é possível que surjam dúvidas em relação ao Pix, mas a principal diferença entre ele e a moeda digital é que o Pix se trata de um sistema de pagamentos e não do dinheiro em si. Ele é uma forma de realizarmos transações e pagamentos instantâneos no meio digital, enquanto o Drex, por sua vez, é a versão digital do real.

Outra dúvida com a qual podemos nos deparar é “O que difere o Drex de uma criptomoeda?” e a resposta é que a moeda digital brasileira será uma Central Bank Digital Currency (CBDC), ou seja, uma moeda produzida e regulada pelo Banco Central. As criptomoedas, por sua vez, não são emitidas por órgãos executores do sistema financeiro de um país. No Brasil, graças ao Decreto Federal nº 11.563, de 13 de junho de 2023, o Banco Central é responsável pela regulamentação e supervisão do mercado nacional de criptoativos. 

Vantagens do Real Digital para o Sistema Financeiro

Embora estejamos falando de uma moeda, o Real Digital se trata, na verdade, de um sistema composto por duas moedas: o Real Tokenizado, que será utilizado pelos consumidores no mercado, e o Real Digital, que será utilizado para pagamentos entre IFs e o Banco Central.

As principais vantagens desse sistema são:

• Redução de custos das operações bancárias, em especial os custos de emissão do papel-moeda;
• Pagamentos mais eficientes e seguros, de modo a inibir a realização de crimes financeiros;
• Mais eficácia para o setor de pagamentos no varejo;
• Inclusão digital; e
• Estímulo à concorrência.

Além disso, existem expectativas de que, futuramente, o Real Digital seja utilizado em qualquer lugar do mundo sem ser convertido para a moeda do país em que o usuário estiver.

Impactos no varejo

Investir em uma moeda digital pode trazer uma série de benefícios significativos para o mercado varejista, tanto do ponto de vista dos varejistas quanto dos consumidores, proporcionando maior agilidade, eficiência e segurança nas transações digitais, além de aprimorar ainda mais a experiência de compra do consumidor – o que terá um impacto positivo especialmente no E-commerce.

Piloto Real Digital: fase de testes

Embora as discussões a respeito do tema estejam mais quentes este ano, o Banco Central iniciou seus esforços para produzir uma moeda digital em 2020, após a criação de um grupo de trabalho com foco na análise da possibilidade e os seus esforços resultaram na divulgação das diretrizes para a moeda digital, no ano de 2021.

No momento, o Drex se encontra em fase de testes, chamada de Piloto Real Digital – ou Piloto RD –, para a avaliação das funcionalidades de privacidade, programabilidade e interoperabilidade. Mais de 100 instituições de diferentes segmentos financeiros manifestaram interesse em participar do Piloto RD, e o Comitê Executivo de Gestão (CEG) selecionou inicialmente 14 instituições, posteriormente complementadas por 2 consórcios, totalizando 16 participantes.

O Piloto RD foi oficialmente iniciado no dia 06/03/2023 e seguirá conforme o cronograma abaixo:

A importância de estratégias de Open Innovation com a chegada do Real Digital

O Real Digital é mais um movimento do Banco Central rumo à modernização do Sistema Financeiro e tem o seu lançamento previsto para 2024. Para estarem preparadas, as instituições não devem desconsiderar a adoção ou o aprimoramento de estratégias de Open Innovation.

Em um mundo cada vez mais Open e com uma crescente competitividade entre players, é preciso que as instituições se posicionem como protagonistas na busca por soluções inovadoras e na oferta de produtos e serviços diferenciados para seus clientes.

Dado o seu pioneirismo e expertise em estratégias Open, a Sensedia pode apoiar a sua instituição a se preparar para o cenário de adoção do Real Digital e para as transformações que o procederão, como, por exemplo, o desenvolvimento de novas estratégias de negócio e/ou de novas funcionalidades baseadas na moeda digital.

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